Meios de comunicação 
mentem sobre o muro de Berlim

Os meios de comunicação ocidentais, como máquinas de propaganda, comemoram o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, mentindo descaramente, com os clichés da guerra-fria sobre "o mundo livre vs a tirania comunista", e repetições do conto simples de como apareceu o muro: em 1961, Berlim Leste, comunista, construiu o muro para impedir que os seus cidadãos oprimidos fugissem para Berlim Oeste e para a liberdade.
O historiador norte-americano William Blum (foto) afirma que o muro foi construído principalmente por duas razões:
1- O ocidente prejudicava o Leste com vigorosa campanha de recrutamento de profissionais e trabalhadores especializados da Alemanha oriental, que tinham sido educados à custa do governo comunista.
Isto acabou por levar a grave crise de mão-de-obra e de produção no Leste.
Referindo-se claramente a isto, o New York Times noticiou em 1963: "Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste". (New York Times, June 27, 1963, p.12)
2- Durante os anos 50, os agentes norte-americanos na Alemanha Ocidental instituíram campanha feroz de sabotagem e subversão destinada a fazer descarrilar a economia e administração da Alemanha de Leste.
A CIA e outros serviços americanos de informações e militares recrutaram, equiparam, treinaram e financiaram grupos e indivíduos ativistas alemães, do ocidente e do leste, para efetuarem ações que percorressem o espectro desde o terrorismo até à delinquência juvenil, tudo o que tornasse difícil a vida do povo da Alemanha de Leste e enfraquecesse o seu apoio ao governo, tudo o que denegrisse os comunistas.
Os EUA utilizaram explosivos, incêndios, curto-circuitos, e outros métodos para danificar centrais eléctricas, estaleiros, canais, docas, edifícios públicos, bombas de gasolina, transportes públicos, pontes, etc, fizeram descarrilar comboios de carga, ferindo gravemente trabalhadores; utilizaram ácidos para danificar maquinaria fabril vital; puseram areia nas turbinas de fábricas, fazendo-as paralisar; promoveram greves; mataram 7 mil vacas de cooperativa de laticínios através de envenenamento; acrescentaram sabão ao leite em pó destinado às escolas da Alemanha de Leste. Um grupo de agentes estava na posse, quando foi preso, de grande quantidade do veneno cantárida que se destinava à produção de cigarros envenenados para matar alemães de Leste; lançaram bombas de mau cheiro para interromper reuniões políticas; tentaram interromper o Festival Mundial da Juventude em Berlim Leste enviando convites falsificados, promessas falsas de alojamento e pensão grátis, notícias falsas de cancelamento etc; forjaram e distribuíram grande quantidade de senhas alimentares falsas para provocar a confusão, a escassez e a revolta, enviaram falsos avisos de impostos e outras orientações do governo e documentos para provocar a desorganização e a ineficácia na indústria e nos sindicatos. (Ver Killing Hope, p.400, note 8, para lista de fontes para os pormenores da sabotagem e da subversão).
Durante os anos 50, os alemães de Leste e a União Soviética apresentaram queixas, repetidas vezes, aos antigos aliados dos soviéticos no ocidente e às Nações Unidas sobre atividades específicas de sabotagem e de espionagem e exigiram o fechamento de gabinetes na Alemanha Ocidental que acusavam de serem responsáveis.
As queixas caíram em saco roto.
Inevitavelmente, os alemães de Leste começaram a dificultar a entrada no país aos que provinham do ocidente.
Não nos esqueçamos que a Europa de Leste tornou-se comunista por causa de Hitler que, com a aprovação do ocidente, utilizou-a como a via rápida para chegar à União Soviética e tentar varrer o bolchevismo para sempre.
Depois da guerra, os soviéticos decidiram fechar essa via rápida.
Em 1999, o USA Today noticiava: "Quando caiu o Muro de Berlim, os alemães de Leste imaginaram vida de liberdade em que os bens de consumo fossem abundantes e terminassem as dificuldades. Dez anos depois, uns espantosos 51% dizem que eram mais felizes com o comunismo". (USA Today, October 11, 1999, p.1).


Clique aqui e leia o texto na íntegra de Blum

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Buscar neste site: