EUA aplicam em Kosovo mesmo golpe executado para atacar e ocupar o Panamá

Narcotraficantes ajudam a tornar nação recortada da Sérvia em escudo norte-americano antimíssel

Para fortalecer-se como poder hegemônico no norte da Europa (região dos Balcãs), os Estados Unidos repetiram em Kososo o modelo de "independência" que executaram em 1903, para dominar a região do Panamá a fim de construírem o Canal de Panamá.
Há 105 anos, os EUA enviaram fuzileiros para o Panamá, então província da Colômbia, criaram, financiaram e treinaram "rebeldes" locais, que "libertaram" a região.

Os EUA encenaram "revolução" que resultou em declaração de "independência" imediatamente reconhecida pela Casa Branca; de imediato, Washington instalou o governo da nova Panamá, "livre e democrática" .

O povo colombiano, humilhado, assistiu, logo depois, a assinatura do acordo para a construção do Canal do Panamá, essencial ao fortalecimento dos EUA como potência imperialista global, juntando-se a outros colonialistas, como Grã-Bretanha, França, Alemanha e Rússia.

Agora, em 2008, nasceu o Kosovo "independente", recortado da já diminuída Sérvia (ex-Iugoslávia), dentro do plano de escudo antimísseis dos EUA, em ato que violou o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e resoluções de seu Conselho de Segurança, decidido pela direita ultra-conservadora e militaristas (os falcões) de Washington, com o apoio da bem armada OTAN e omissão das Nações Unidas.

Tal como no cenário panamenho, a política dos EUA é sempre usar os potenciais movimentos separatistas como meio para desmembrar ou neutralizar países considerados hostís, antagônicos ou obstáculos aos interesses militares norte-americanos no mundo.

A Sérvia impedia os EUA de captarem países balcânicos, do sudeste da Europa, para a OTAN e para alianças militares e comerciais norte-americanas.

Os falcões de Washington para ampliar o domínio os Balcãs por considerarem a região de interesse estratégico vital para as forças armadas dos EUA a sudeste da Europa, criaram, financiaram, treinaram e armaram o Exército de Libertação do Kosovo (ELK), como “movimento insurgente”, embora funcionários do Departamento de Estado norte-americano admitam em off que os militantes da ELK são terroristas e narcotraficantes, além de responsáveis pelo assassinato de centenas de civis.
Bush felicitou o primeiro-ministro da nova república kosovar, Hashim Thaci, líder do ELK convertido em Partido Democrático de Kosovo (PDK), apesar das numerosas denúncias da mídia, como o The Observer e o The Washington Times, de que o PDK tem vínculos estreitos com o crime organizado.

“O ELK está relacionado com todos os cartéis da droga conhecidos do Médio e Extremo Oriente. A Interpol, a Europol e quase todos os organismos de segurança e de combate ao narcotráfico da Europa possuem dossiês dos sindicatos da droga que conduzem diretamente ao ELK”, disse Michael Levine, ex-funcionário do Departamento de Estados dos EUA.

Estima-se que Hashim Thaci, além disso, controla de 10% a 15% de variadas atividades criminosas em Kosovo: contrabando de armas e cigarros, roubo de automóveis, prostituição e tráfico de pessoas.

O francês Observatório Geopolítico de Drogas informou que o ELK ajudou a introduzir na Europa Ocidental heroína e cocaína no valor de US$ 2 bilhões a cada ano; agentes alemães que combatem os narcotraficantes afirmam que Kosovo, com o PDK , “lava anualmente US$ 1,5 bilhão por intermédio de 200 bancos privados ou agências de câmbio”.
Esse é um dos exemplos dos perfís de aliados dos EUA na pretensa tarefa de expandir a democracia e a liberdade no mundo.
O governo russo, atento a esta farsa do EUA, acusou o débil Kosovo de subordinar-se por completo a Washington, e denunciou a manobra como cerco perigoso para a segurança da Rússia.

Clique aqui e leia "EUA repetem no Kosovo roteiro de ataque e ocupação executado no Panamá", por Carl Savich, historiador norte-americano

Clique aqui e leia "Kosovo independente nasce dentro do plano de escudo antimísseis dos EUA", por Juan Gelman, escritor argentino ganhador do Prêmio Cervantes



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