Arrogância dos EUA contra
Cuba continua com Obama
Cuba denunciou na Organização das Nações Unidas (ONU) que, apesar das mudanças prometidas pela chegada de Barack Obama à Casa Branca, as forças neoconservadoras e a direita fascista dos EUA, que se mantêm no poder impedem que Washington levante o embargo em vigor contra a ilha e apoiam o golpe de Estado em Honduras.
"O bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba permanece", criticou o chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrilla ante a Assembleia Geral das Nações Unidas.
Obama prorrogou por mais um ano no último dia 14 o embargo a Cuba.
"Com Obama, parecia que terminava etapa de extrema agressividade, unilateralismo e arrogância na política externa desse país e ficava afundado no repúdio o infame legado do regime de George W. Bush", mas segundo o chanceler, isso não aconteceu.
"O centro de detenção e tortura na base naval de Guantánamo, que usurpa parte do território cubano, não foi fechado. As tropas de ocupação no Iraque não foram retiradas. A guerra no Afeganistão se amplia", disse ele.
O chanceler destacou que as medidas adotadas por Obama para aliviar o embargo, incluindo a possibilidade de que os cubanos radicados nos Estados Unidos viajem a Cuba, são passo positivo, mas extremadamente limitado e insuficiente.
Questionou a capacidade real das atuais autoridades em Washington para superar as correntes políticas e ideológicas que, sob o presidente anterior, ameaçaram o mundo.
"As forças neoconservadoras, que colocaram George Bush na presidência, promotoras do uso da força e do domínio, ao amparo do descomunal poderio militar e econômico norte-americano, responsáveis por crimes que incluem a tortura, o assassinato, e manipulação do povo americano, reagruparam-se rapidamente e conservam imensos resorts de poder e influência contrários à mudança anunciada.
Rodríguez citou o caso de Honduras, afirmando que "a direita fascista norte-americana, simbolizada por (ex-vice-presidente Dick) Cheney, apoia abertamente e sustenta o golpe".
Também citou o fato de que os Estados Unidos têm interesse em implantar novas bases militares na América Latina como suposto meio para posicionar tropas "em questão de horas contra processos revolucionários e progressistas", em particular na Venezuela.
Clique aqui e leia o artigo de Pablo Stefanoni "A fúria da extrema direita norte-americana contra Barack Obama"
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