Rendimento de senador no Brasil representa 83 vezes o PIB per capita do país, segundo a Transparência Brasil
O salário e as verbas (para representação, viagens e contratação de assessores) a que têm direito os deputados federais e senadores brasileiros superam R$ 1 milhão ao ano, por parlamentar colocando os congressistas do Brasil como o segundo mais bem pagos do mundo, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), per capita.
No Brasil, o deputado recebe mais do que deputado alemão (R$ 860 mil/ano), francês (R$ 770 mil/ano) ou britânico (R$ 760 mil/ano).
Os montantes a que um senador brasileiro tem direito representam 83 vezes o PIB per capita do país; isto quer dizer que um único senador apropria-se de quantia equivalente à riqueza produzida por 83 brasileiros.
No caso do deputado federal brasileiro, o valor apropriado é 68 vezes o PIB per capita do país.
O deputado dos EUA apropria-se de montante equivalente a 32 vezes o PIB per capita local; para senador do Chile, o número é 26.
Quando se analisa apenas os salários, observa-se que no Brasil os ganhos do deputado federal e do senador são quase treze vezes o PIB per capita.
Nos EUA, esse número não chega a quatro.
No Senado, a verba para a contratação de assessores é cerca de 55 vezes o PIB per capita; na Câmara, quarenta vezes.
O número de assessores por parlamentar não passa dos doze em nenhum legislativo analisado de outro país, mas, no Brasil, são 25 (Câmara) e onze (Senado).
A política para contratação de consultores também é peculiar no Brasil; enquanto em outros países o parlamentar é obrigado a explicar as razões pelas quais a consultoria foi contratada (o nome do consultor e o projeto para o qual o serviço foi prestado tem que estar na internet) ou simplesmente é impedido de contratar consultoria (somente as comissões têm permissão para esse tipo de despesas), no Congresso brasileiro não há filtros para coibir o mau uso da prerrogativa.
Clique aqui e leia a íntegra do estudo "Custos dos congressistas".
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