China estuda proteção social no Brasil, para melhorar seu Índice de Desenvolvimento Humano

Foco inicial dos asiáticos, na visita em maio, será sobre programas de transferência de renda, alimentação, saúde e seguridade

Dayanne Souza da PrimaPagina

Equipes do governo da China e do PNUD chinês visitarão o Brasil em maio para conhecer os programas sociais brasileiros.
A visita faz parte de acordo de cooperação entre o Centro Internacional para a Redução da Pobreza (IPRCC) , parceria do PNUD com o governo chinês, e o Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (CIP – CI), parceria com o Brasil.
Além de trocar experiências, as entidades farão publicações e treinamentos em conjunto.
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da China é o que mais cresceu no mundo, nos últimos 26 anos, impulsionado pelo aumento da renda, nos últimos 26 anos.
No acordo, firmado dia 17 de fevereiro, as entidades escolheram que o tema das atividades em conjunto seria a proteção social.
Transferência de renda, avaliação de programas sociais e de seguridade serão os assuntos trabalhados. A cooperação deve continuar futuramente. O objetivo é que, a cada ano, novos temas sejam escolhidos.
As equipes brasileiras e chinesas também trabalharão juntas para elaborar treinamentos para outros países da América Latina e da África.
Os treinamentos são eventos que reúnem pesquisadores da área para estudar experiências de vários países em desenvolvimento no combate a pobreza.
“Será uma troca: eles vão acrescentar uma larga experiência na área de treinamentos, que nós trabalhamos há menos tempo, e nós vamos contribuir com nosso conhecimento na área de proteção social, com que eles não trabalham lá”, afirma Francisco Filho, assessor de comunicação do CIP – CI.
Proteção social é um tema particularmente importante na China, diz a Coordenadora da Unidade de Aprendizado Sul-Sul do CIP – CI, Melissa Andrade. Ela cita o intenso crescimento econômico chinês e diz que é um momento importante para reforçar os estudos na área social no país.
“É preciso pensar no impacto desse crescimento para os mais pobres”, pondera. Apesar disso, o último Relatório de Desenvolvimento Humano do país destaca fortes desigualdades internas como consequência do rápido crescimento econômico.
Para Melissa, o Brasil terá o que aprender com os chineses: “Brasil e China são dois países grandes e complexos, com sistemas políticos completamente diferentes. Estamos curiosos para ouvir deles como é a administração dessa população tão grande e como são as relações da população com o governo”.
A cooperação entre as instituições brasileira e chinesa ainda vai promover a tradução de estudos feitos pelo CIP-CI para o chinês. Cerca de 51 publicações sobre proteção social já estão sendo editadas.

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