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"Alcançamos situação de puro pânico; haverá maciça liquidação de ativos.
Não se surpreendam se as autoridades monetárias precisarem fechar as bolsas por uma ou duas semanas daqui a alguns dias. As coisas estão ficando muito feias também nos mercados emergentes.
Dizia-se que, quando os Estados Unidos espirram, o resto do mundo pega resfriado. Bom, os Estados Unidos estão com crônica e persistente pneumonia.
As coisas estão caminhando para o caos nos mercados emergentes.
O custo da tomada de empréstimos por parte dos mercados emergentes saltou para seu patamar mais alto dos últimos seis anos hoje.
Mais países unem-se a Belarus, Hungria, Ucrânia e ao Paquistão, ao fazer pedido de ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que contribuiria para resistirem melhor ao congelamento dos mercados de empréstimos de curto prazo e a derrocada das commodities.
A Argentina corre o risco de deixar de honrar suas dívidas pela segunda vez nesta década. Mais de 10 mercados emergentes enfrentam graves problemas financeiros''.
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"A causa mais próxima de nossos problemas financeiros atuais é o fato de que grandes quantidades de dinheiro foram emprestadas a pessoas pobres nos Estados Unidos que só tinham uma única chance realista de quitar suas dívidas: se o valor de seus lares, que serviam de garantia para os empréstimos, continuasse subindo indefinidamente.
Porém, apesar do problema para o qual o mundo foi arrastado, não há motivo para negar-se acesso ao crédito às pessoas que sofrem de exclusão financeira, já que se sabe que os pobres costumam ser os pagadores confiáveis.
A evidência de que os pobres são confiáveis está na Ásia, na África e na América do Sul; está no Leste Europeu, no Oriente Médio e mesmo em grandes cidades dos Estados Unidos e da Europa; está em toda parte onde as técnicas de microcrédito foram usadas de forma responsável para fornecer aos indivíduos, aos trabalhadores autônomos e às pequenas empresas acesso a crédito que os bancos normais não fornecem.
Há muitas pessoas que sabem como administrar empréstimo subprime com sucesso.
A chave é oferecer aos tomadores de empréstimo produtos flexíveis que levem em consideração padrões de renda irregulares.
Devemos recordar-nos que os empréstimos subprime em si não são o problema.
Fornecer crédito aos financeiramente excluídos é realizado atualmente de forma responsável e com sucesso em muitas partes do mundo.
Com cerca da metade da população mundial ainda excluída do sistema financeiro, é mais importante do que nunca que os bancos aprendam a fazer isso corretamente".
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