Brasil, Rússia, Índia e China abrem-se mais a negócios de média empresa

Empresas de porte médio de capital fechado começam a capitalizar oportunidades de negócios com as economias em rápida expansão do chamado BRIC, o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China. A informação é do International Business Report (IBR) da Grant Thornton International.
Segundo o IBR, os quatro países deverão representar 44% do PIB global em 2050.
"Longe de ser ameaça, o crescimento do Brasil, da Rússia, da Índia e da China foi positivo para as empresas nos últimos dois a três anos", afirmou o IBR. A pesquisa, feita anualmente, ouviu 7.,2 mil líderes empresariais em 32 países e representa 81% do PIB global.
Alex MacBeath, da Grant Thornton International, diz que essas empresas "estão cada vez mais descobrindo meios de realizar negócios nas economias emergentes do BRIC. Não são mais apenas as enormes multinacionais que estão descobrindo meios de aproveitar o fenômeno BRIC, boa notícia para a economia global."
Nos países do bloco, é grande o otimismo entre os médios empresários, mas, na Rússia, no Brasil e na China, as empresas apontaram a questão do financiamento (custo, falta de capital de giro e de financiamento de longo prazo) como a principal limitação ao seu crescimento.
Para MacBeath, esses resultados mostram que as empresas indianas têm menos dificuldades do que as das outras economias BRIC no acesso ao capital, sinal adicional da maturidade da sua economia e do seu potencial de impacto na economia global.
De todos os países BRIC, a expansão econômica na China Continental tem tido o maior impacto em todas as empresas de capital fechado ao redor do mundo, com saldo positivo de +12% ao longo dos últimos dois anos.
Rússia e Índia dividem o segundo lugar na pesquisa, com +8%, seguidas pelo Brasil, com +5%. O impacto positivo da China Continental nas empresas pesquisadas dobrou em 2006, ficando acima dos +6% da pesquisa do ano passado.
As empresas com sede na UE parecem ter acordado para as oportunidades apresentadas pelo crescimento da China Continental em 2006, com crescimentio de +14% neste ano, quando o resultado do ano passado foi de 0%.
As empresas alemãs foram as mais positivamente afetadas, com +29%, seguidas pelas dos Países Baixos, +21%.
O impacto da China nas empresas do Nafta também continua alto, em +18% neste ano, o mesmo patamar do ano passado, com as empresas dos EUA registrando resultado ainda mais positivo, de +22%, acima dos +19% de 2006.
As organizações que sentiram impacto negativo significativo em negócios resultantes da expansão econômica chinesa estavam na Tailândia (-39%) e Turquia (-17%).
Os empresários indianos são os mais otimistas de todos, e os da China Continental são os terceiros mais otimistas.
Os donos de empresas no Brasil e na Rússia estão mais confiantes com as perspectivas econômicas dos seus países do que a média global. 82% dos líderes empresariais indianos consideram que a globalização é mais uma oportunidade do que uma ameaça para suas organizações.
No Brasil, esse percentual é de 69%; na China Continental, de 71%; e na Rússia, de 30%.
A Grant Thornton International iniciou em 1992 importante pesquisa anual das ações e das expectativas de empresas de pequeno e médio porte. A iniciativa foi chamada de Pesquisa Empresarial Européia (EBS, sigla em inglês para European Business Survey).
Em 2003, o projeto foi ampliado e ganhou perspectiva internacional, abrangendo empresas de médio porte e acabou renomeado: Pesquisa Internacional de Empresários (IBOS, de International Business Owners Survey).
Neste ano, o nome da pesquisa foi novamente mudado, passando de IBOS para IBR. O levantamento IBR utiliza 15 anos de dados de tendências no caso dos participantes originais EBS e cinco anos no caso de países originais IBOS.
Dados de tendências de 15 anos estão disponíveis para França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Países Baixos, Polônia, Espanha, Suécia, Turquia e Reino Unido, enquanto dados de tendências de cinco anos abrangem Austrália, Canadá, Hong Kong, Índia, Japão, México, Cingapura, África do Sul e EUA.
Para saber mais sobre IBR e para obter detalhes de relatórios e resultados, visite o site da Grant Thornton International.
ATerco Grant Thornton é a 6ª maior empresa de consultoria e auditoria do Brasil, com 700 clientes ativos e 350 colaboradores. Com sede em São Paulo, possui escritórios no Rio de Janeiro (RJ) e em Salvador (BA). Desde janeiro de 2006, representa no país a Grant Thornton International, que tem 519 escritórios em 112 países.

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