Como realizar a inserção internacional sustentável de empresas

A crise do setor madeireiro foi o ponta pé inicial para a inserção internacional da Serimar Madeiras: há 20 anos no mercado, a empresa produz e vende briquetes, espécie de lenha ecológica produzida a partir do aproveitamento de resíduos compactados de madeireiras e serrarias que substitui o uso da lenha, carvão, óleo diesel e gás na produção de energia.
"Esse material fazia parte de passivo ambiental que contaminava o ambiente e nós o transformamos em negócio", afirmou o consultor da empresa Márcio de Oliveira.Desde outubro a Serimar, que tem unidades em Curitibanos, Concórdia e Rio Negrinho, em Santa Catarina, Jaguariaíva e Bituruna, no Paraná, conquistou o mercado europeu.
O briquete produzido pela empresa é exportado para a Áustria.
Os embarques para aquele país chegam a oito contêineres por semana, o correspondente a três toneladas do produto.
Ganhar credibilidade junto aos austríacos foi uma tarefa que exigiu tempo e aproximação com a realidade dos paises europeus.
"Realizamos planejamento interno, prospectamos clientes, promovemos missões internacionais, participamos de feiras e rodadas de negócios", disse Oliveira.
A partir da conclusão desse processo, a empresa procurou o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e foi incluída no projeto de Inserção Internacional Sustentável, proposta inovadora que ajuda as empresas brasileiras a prospectar mercados no Europa.
"Selecionamos dez empresas de todo país para que, no período de maio de 2006 a maio de 2007, fechem negócios com países da Europa", afirmou a assistente administrativa do IEL, Paula Carolina Andrade Alencar.
Segundo ela, o IEL oferece assessoria personalizada e integral às empresas de pequeno e médio porte.

A intenção é promover a geração de negócios a curto e médio prazo e facilitar a criação de parcerias entre empresas brasileiras e européias.
"Essas empresas atuam nos setores de alimentos e bebidas, agroquímica, tecnologia de informação e madeira, áreas estratégicas para a comercialização com os países europeus", lembrou Paula.
Além da Serimar Madeiras, participam do programa empresas como a Sósoja do Brasil, a Phoebus Tecnologia e a GN Brazil Fertilizantes.
O projeto segue as metas da Plataforma Brasil-Europa, programa do Sistema Industria, que inclui o IEL e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O programa busca o desenvolvimento de pequenas e médias empresas e contribui para a inserção no mercado externo. "É uma ação estratégica da Plataforma para estabelecer uma metodologia de apoio a negócios internacionais", reforçou Paula.
Segundo ela, o projeto é financiado pelo Programa AL-Invest da Comissão Européia. "O programa prevê a liberação de cem mil euros para serem investidos em negociação. Nossa meta é garantir que as empresas fechem negócios três vezes maiores que valor investido", lembrou Paula.
Nesse projeto, o IEL tem como parceiros instituições estrangeiras com larga experiência na promoção de ações com países latino-americanos que são: Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi), com sede na França; a EuroBras Trading, especialista em marketing internacional e desenvolvimento de negócios, com sede na Holanda, e a Consultoria de Atividades Internacionais (Conacter) da Espanha.
"Pretendemos, além de fechar negócios, ajudar a fortalecer a Plataforma", afirmou Paula.
A Plataforma Brasil-Europa é convênio firmado entre as instituições do Sistema Indústria (CNI, IEL, SESI e SENAI) que pretende se firmar como gerador de projetos multilaterais com ações de promoção comercial e busca de novos mercados.
A Plataforma concentra em um só local o que cada entidade do sistema desenvolve individualmente para dar visibilidade ao Brasil no exterior.
Clique aqui e veja as oportunidades de negócios identificadas pelo convênio Plataforma Brasil-Europa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Buscar neste site: