John Pilger: bandidos atuam com impunidade em prol dos EUA

"A guerra mais recente dos EUA é em grande medida secreta: dia 15 de julho Washington finalizou acordo com a Colômbia que lhe dá sete bases militares gigantes no país", a afirmação é do jornalista australiano John Pilger.
Segundo ele, a ideia, conforme relatado pela Associated Press, é fazer da Colômbia centro (hub) regional para operações do Pentágono, porque a metade do continente sul-americano pode ser coberta por C-17 (transporte militar) sem reabastecimento, o que ajuda a executar a estratégia de compromisso regional.
"Traduzido, isto significa que Obama, o prêmio Nobel da Paz deste ano, planeja reversão da independência e democracia que os povos da Bolívia, Venezuela, Equador e Paraguai alcançaram enfrentando grandes dificuldades, bem como com histórica cooperação regional que rejeitava a noção de esfera de influência dos EUA", diz Pilger.
Segundo o jornalista, o regime colombiano, que apoia esquadrões da morte e tem o pior registro de direitos humanos do continente, recebeu apoio militar dos EUA em escala que vem logo atrás de Israel.
"A Grã-Bretanha fornece treino militar. Guiados por satélite militares dos EUA, paramilitares colombianos infiltram-se agora na Venezuela com o objetivo de derrubar o governo democrático de Hugo Chávez, o que George W. Bush não conseguiu fazer em 2002", acrescenta ele.
Pilger diz ainda que a guerra de Obama à paz e à democracia na América Latina segue estilo que ele já demonstrou no golpe contra o presidente democrático das Honduras, Manuel Zelaya, em junho.
"Zelaya havia aumentado o salário mínimo, concedido subsídios a pequenos agricultores, reduzido taxas de juros e diminuído a pobreza. Ele planejava romper monopólio farmacêutico estado-unidense e fabricar medicamentos genéricos baratos", lembra Pilger.
O jornalista recorda também que, embora Obama tenha apelado à restituição do poder a Zelaya, ele recusa-se a condenar os executores do golpe e a chamar o embaixador dos EUA ou as tropas estado-unidenses que treinam as forças hondurenhas determinadas a esmagar resistência popular.
"A Zelaya foi reiteradamente recusada reunião com Obama, o qual aprovou empréstimo do FMI de US$164 milhões para o regime golpista ilegal. A mensagem é clara e familiar: bandidos podem atuar com impunidade em prol dos EUA", denuncia Pilger.


Leia a íntegra do artigo de John Pilger, em português, em http://resistir.info/pilger/pilger_15out09.html

Leia o original do artigo de Pilger, em inglês, no endereço http://www.johnpilger.compage.asp?partid=551 




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