Negócio de armas prospera em silêncio na Alemanha


No massacre de Israel a palestinos em Gaza, o exército sionista usou caça F-16, helicópteros Apache e tanques Merkava, construídos com componentes fabricados pelos alemães

Croll: gasto mundial com armas é 9 vezes maior do que investimentos sociais

Da redação com IPS

Pacifistas, organizações religiosas e partidos de oposição criticam o governo da Alemanha por permitir que país converta-se no terceiro maior fornecedor mundial de armas, prática que se torna comum na Europa.
Destaca-se o trabalho da Bonn International Centre for Conversion (BICC, na sigla em inglês), entidade dedicada a promover a paz e o desarmamento, cujo presidente, Peter Croll, denunciou nao só o governo alemão, mas os dos EUA, Inglaterra, França e Rússia.
Segundo ele, os gastos mundiais com armamentos são e 9 por um, em relação aos investimentos sociais.
A maior parte das armas alemãs é vendida aos aliados desse país, em especial Grécia e Turquia, mas quantidade significativa vai para “terceiros” países que não pertencem à UE nem à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Nos princípios políticos de 2000, o governo alemão basicamente excluiu a exportação de armas para terceiros países, a menos que interesses de segurança e de política externa justifiquem autorização especial”, afirmou à IPS Marc von Boemcken, pesquisador do BICC.
O envio de 112 tanques Leopard-2 ao Chile e de 15 Fuchs de reconhecimento aos Emirados Árabes Unidos em 2007 e 2008 não parece atender a nenhum interesse da Alemanha.
“Há discrepância entre os princípios políticos e a prática permissiva do governo”, destacou o especialista.
As exportações alemãs de armamentos convencionais, como submarinos, tanques ou helicópteros, aumentaram 70% entre 1999 e 2003 e 2004 e 2008, segundo o Stockholm International Peace Research Institute (Sipri), com sede na Suécia e especializado em conflitos e assuntos de segurança.
A participação da Alemanha no mercado de armamento aumentou de 7% para 10%, superada por Rússia e Estados Unidos com 25% e 31%, respectivamente.
A venda de armas de empresas alemãs subiu para 8,7 bilhões de euros (cerca de US$ 12 bilhões) entre 2004 e 2008, segundo o Sipri.
Se forem somadas as armas pequenas, os componentes de motores e os veículos e armamento pesado, as exportações aprovadas pelo governo chegaram a 8, 8 bilhões de euros (mais de US$ 12,2 bilhões) em 2007, últimos dados disponíveis do Ministério da Economia, enquanto em 2006 foram 7,7 bilhões de euros (mais de US$ 10,6 bilhões).

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