Rede literária sem fronteiras promove a leitura, no mundo
Com o objetivo de transformar o mundo todo em grande biblioteca, surgiu o Bookcrossing: rede literária sem fronteiras que promove a leitura por meio de trocas de livros.
Criado em 2001, nos Estados Unidos, o projeto foi baseado no Where’ s George? (em português, Onde está George?), movimento que rastreava, a partir do número de série, notas de dólares por meio da Internet.
“Você podia descobrir o trajeto e a história daquela nota. Isso virou mania nos Estados Unidos e um americano quis fazer a mesma coisa com os livros”, conta a gestora de zonas Bookcrossing, Helena Castello Branco.
Para isso, foi criado o site; os membros podem comunicar-se e compartilhar livros sem o empecilho dos limites geográficos.
“Existem estantes online onde estão registrados os livros que os membros disponibilizam para troca, além de lista de obras que eles gostariam de adquirir. Quando alguém se interessa pelo livro do outro, trocam mensagens e decidem qual a melhor forma para que o livro possa viajar”, explica Helena.
A rede está presente em mais de 140 países, tem 680 mil membros e 5 milhões de livros cadastrados.
No Brasil desde 2001, a comunidade conta com cerca de 4,1 mil membros em todos os Estados.
A troca de livros é feita geralmente pela Internet, mas há as chamadas zonas de bookcrossing.
Elas estão localizadas em cafés, restaurantes e estabelecimentos que disponibilizam parte de seu espaço.
“As zonas de bookcrossing são pontos de livros fixos. Os livros ficam lá e qualquer um pode pegar, inclusive pessoas que não são clientes do lugar. Em São Paulo (SP) existe uma zona de Bookcrossing em Perdizes, em creperia chamada Central das Artes”, lembra.
Além de tudo isso, o livro pode ser deixado em qualquer lugar público para que qualquer pessoa possa ler.
Os membros deixam os livros em shoppings, pontos de ônibus, no metrô ou em qualquer outro lugar em que possa ser encontrado.
"Quando pessoa acha, ela deve acessar o site e colocar lá o número de cadastro que o livro contém”, explica Helena, lembrando do conceito-chave desse movimento: Read, Register and Release (Leia, Registre e Liberte).
Além da comunidade virtual e das zonas de bookcrossing, o projeto promove encontros de membros a cada dois meses para discussão e troca de livros.
“Além da função de hobby, o projeto tem função de cidadania, já que ele ressalta a importância da leitura para o conhecimento e cultura”, finaliza.
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