A atual pauta sobre a quebra de patentes farmacêuticas tem por trás história sombria, patrocinada pelas multinacionais do setor
Fábio Pereira Ribeiro
Diretor de Bacharelados e Relações Internacionais da UNIMONTE
Especialista em Política Internacional e Inteligência Estratégica
A atual pauta sobre a quebra de patentes na indústria farmacêutica estrangeira, no Brasil, tem por trás história mais sombria, a espionagem ou bio-espionagem patrocinada pela própria indústria e como ator principal as chamadas Organizações Não Governamentais (ONG’s), que para muitos, inclusive Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) são conhecidas como ONG’s do Pau Oco, alusão ao Santo do Pau Oco que era utilizado na época da colônia para carregar ouro roubado para Portugal.
Recente estudo de organização americana, a Essential Action, mostra que algumas ONG’s, contrárias à quebra de patente, são financiadas por indústrias farmacêuticas, sem contar que quase todas têm ligação direta com os interesses financeiros.
A Amazônia, conforme relatório da própria ABIN, está cheia de organizações “do pau oco” que têm como objetivos suporte aos indígenas, catequização, suporte espiritual aos povos desprovidos de bens ou outras coisas, e na verdade são organizações montadas por indústrias ou governos estrangeiros com o intuito de obter informações e controle de territórios na Amazônia.
As informações coletadas por estas ONG’s são conhecimentos da biodiversidade da Amazônia e alimentam centros de pesquisas na França, Alemanha, China e EUA.
O Exército brasileiro enfrenta problemas de movimentação de tropas na Amazônia, em muitas áreas controladas por ONG’s e sem acesso.
O pior é o conhecimento nativo da biodiversidade amazônica estar sendo levado para fora por estas ONG’s que tiram deles o segredo a custo irrisório, e, quando o produto volta ao Brasil, nós temos de pagar por ele preço altíssimo, devido às patentes e aos royalties da indústria farmacêutica.
O Brasil precisa dar mais atenção aos seus recursos naturais, que devem ser protegidos, porque são estratégicos; é urgente a fiscalização mais intensa do governo sobre as ONG’s.
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