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1. CIA tinha escritório dentro do Palácio Presidencial da Bolívia
Até início de 2006, já no governo do presidente Evo Morales, a CIA (agência de espionagem dos EUA) mantinha escritório dentro do Palacio Quemado, como é conhecido o edifício da presidência, em La Paz.
A denúncia,
segundo o enviado especial do Brasil de Fato à capital boliviana, Igor Ojeda, é do presidente Morales, ao entregar terras a comunidades afetadas por inundações.
“Depois de dois ou três meses de governo, nos demos conta de que no palácio havia escritório da CIA. Tratava-se de ex-general da polícia que dava informes diários à CIA, sob o pretexto de luta contra o terrorismo”, disse Morales.
No começo deste ano, duas outras denúncias de espionagem à Bolívia por parte dos EUA vieram à tona.
Primeiro, o governo comprovou que grupos ilegais de inteligência, financiados pela embaixada estadunidense na Bolívia, funcionavam dentro da polícia nacional (clique aqui e leia reportagem).
Em seguida, bolsista dos EUA na Bolívia denunciou que funcionário diplomático de seu país teria pedido-lhe que fornecesse informações sobre venezuelanos e cubanos que realizam trabalhos humanitários em solo boliviano (clique aqui e leia reportagem).
A embaixada estadunidense em La Paz não negou as duas denúncias.
No caso do bolsista, os diplomatas afirmaram que o funcionário citado havia feito “sugestão inapropriada ao bolsita” e que teria sido “imediatamente corrigido” por superiores.
O governo boliviano também acusa a Usaid (Agência Estadunidense para o Desenvolvimento Internacional, na sigla em inglês) de patrocinar grupos opositores ao presidente Evo Morales.

2. Dois terços dos venezuelanos apoiam Chávez
O Instituto Venezuelano de Análise de Dados (IVAD), cujas pesquisas quase sempre foram confirmadas pelos resultados eleitorais, mostra que 66,5% dos venezuelanos apóiam Chávez; a margem de erro é de 1% a 2,3%.
A grande maioria dos venezuelanos – 76,7% – quer que o presidente continue buscando a libertação dos reféns sequestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Dado frequentemente esquecido na cobertura indigente da mídia corporativa brasileira, que mistura má fé com ignorância: centenas de milhares de colombianos vivem refugiados na Venezuela; é como se guerra civil no Paraguai, Uruguai ou Argentina provocasse a entrada de milhares de refugiados no Brasil.
A segurança pública (69,5%) e o desabastecimento (38,8%) foram os principais problemas do país apontados pelos entrevistados na pesquisa do IVAD.
Uma das causas da falta de alimentos na Venezuela é o forte aumento da demanda.
O consumo das classes mais baixas explodiu desde que o governo passou a investir parte da renda do petróleo em programas sociais.
De outra parte, os projetos para desenvolver a agricultura local até agora não deram resultado significativo.
A pesquisa do IVAD demonstra os claros limites dos bombardeios midiáticos.
O presidente venezuelano sofre oposição dos principais grupos privados de informação da Venezuela, especialmente da rede Globovisión.
Além disso, Chávez é alvo de críticas em toda a mídia internacional: da CNN em espanhol ao Washington Post, do El Pais ao New York Times, tudo devidamente repercutido internamente por jornais, emissoras de rádio e de TV da Venezuela.
Além de ter criado a Telesur, o governo criou agência de notícias, tem emissora de TV de alcance nacional e conta com o apoio de rede de canais comunitários.

3.Influência do Brasil é vista como a mais positiva entre os países do BRIC

Pesquisa feita em 34 países revelou que 44% das pessoas acreditam que o Brasil exerce influência positiva no mundo.
A sondagem, encomendada pelo Serviço Mundial da BBC, ouviu cerca de 18 mil pessoas sobre a influência exercida no mundo por outros países.
Os entrevistados eram questionados sobre sua percepção de um grupo formado por 13 países mais a União Européia.
De acordo com a pesquisa, 44% dos entrevistados acreditam que o Brasil exerce influência positiva, contra 23% que avaliam o impacto do país como negativo.
O Brasil ficou em 6º lugar entre os países mais bem avaliados – na frente dos outros membros do grupo dos Brics (Rússia, Índia e China) e atrás apenas da Alemanha, Japão, União Européia, França e Grã-Bretanha.
Entre os países que melhor avaliaram o Brasil estão o Quênia, onde 67% dos entrevistados afirmaram que a influência do país é positiva, o Chile (65%) e os Estados Unidos (61%).
O levantamento indica ainda que apenas dois países avaliaram a influência do Brasil de forma negativa – o Egito, onde 43% acreditam que o impacto do país é negativo e 34% afirmaram que a influência é positiva e a Turquia, onde a avaliação negativa de 40% superou a positiva em dez pontos percentuais.
A influência do Brasil é vista com bons olhos na Argentina, 41%; assim como 40% dos mexicanos e 38% das pessoas entrevistadas nos países da América Central.
Entre os africanos,além do Quênia, metade dos nigerianos e 36% dos ganenses acreditam que a influência do país é positiva.
A tendência positiva é observada também pelos resultados das entrevistas realizadas na Ásia, onde a avaliação acerca da influência do Brasil é positiva entre 54% dos entrevistados na Coréia do Sul, 52% na China e 29% no Japão.
Entre os países europeus, a melhor avaliação da influência do Brasil foi registrada na Grã-Bretanha – 43% a consideram positiva; 42% dos espanhóis afirmaram que a influência do Brasil; França (40%) e na Itália (39%).

4. Ortografia defende interesses do Brasil, diz eurodeputado
O eurodeputado social-democrata português Vasco Graça Moura disse que o acordo ortográfico, que pretende padronizar a grafia da língua portuguesa, é instrumento de interesses geopolíticos e econômicos do Brasil.
"O principal desígnio da feitura do acordo é homogeneizar integralmente a grafia portuguesa com a brasileira, desfigurando a escrita, a pronúncia e a língua que são as nossas. O acordo serve a interesses geopolíticos e empresariais brasileiros, em detrimento de interesses inalienáveis dos demais falantes de português no mundo, em especial do nosso país", afirmou Moura.
Segundo o deputado, não se trata de contrapor 10 milhões de portugueses a 180 milhões de brasileiros, mas 40 milhões de pessoas que seguem a norma portuguesa.
"A adoção do acordo redundará em total benefício do Brasil. Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, o Timor e Portugal ficarão completamente dependentes de edição impressa e de indústrias culturais brasileiras. Poderão estes países dar-se ao luxo de reciclar professores e de inutilizar milhões de livros e de materiais didáticos, de repente tornados obsoletos, para populações cuja alfabetização e cujo domínio da escrita e da leitura são bastante mais frágeis do que entre nós?", questionou Moura.

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