Países emergentes evitam freio na economia global

Administrador internacional do PNUD diz que pela primeira vez são os países em desenvolvimento que protegem mundo de desaceleração

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Pela primeira vez na história, a economia global está sendo protegia pelos países em desenvolvimento de a freada global, afirmou o administrador internacional do PNUD, Kemal Dervis.
"A economia mundial se encontra em uma situação historicamente nova", afirma ele em nota distribuída pelo Centro de Informações da ONU em Nova York.
Dervis, que foi vice-presidente do Banco Mundial para Oriente Médio e África (1996 a 2000) e ministro das Finanças da Turquia (2001 a 2002), avalia que a desaceleração das nações industrializadas até agora tem efeito apenas marginal no crescimento mundial.
"Isso se deve ao sólido crescimento das nações em desenvolvimento", disse ele, destacando o papel da China, mas de muitos outros países.
Relatório divulgado em outubro pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) mostrou que, pela primeira vez, os principais responsáveis pelo crescimento da economia mundial eram China e Índia, seguidas de Estados Unidos, Região do Euro, Rússia, Japão e Brasil.
O administrador internacional do PNUD ressalvou, porém, que não se sabe até quando o desempenho dos países em desenvolvimento vai compensar o freio nos países desenvolvidos.
Será mais difícil manter essa tendência se a desaceleração das nações industrializadas, sobretudo dos Estados Unidos, transformar-se em recessão.
De qualquer maneira, diz Dervis, a importância econômica dos emergentes não se traduziu até agora em peso maior nas decisões do FMI e do Banco Mundial.
"Temos de reconhecer de maneira mais explícita o papel que agora desempenham as grandes economias emergentes, a voz que devem ter e o lugar que devem ocupar na mesa das negociações econômicas mais importantes", disse ele.

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