Quatro em cinco empresas sofreram algum tipo de fraude, nos últimos três anos.
A informação é da Kroll, empresa líder mundial em consultoria em gerenciamento de riscos, subsidiária da Marsh & McLennan Companies, de serviços profissionais.
Pesquisa da Kroll mostra que, na América Latina, 45% de 900 executivos sênior entrevistados crêem que o nível de fraudes corporativas é maior hoje, em comparação há três anos; no Oriente Médio e África, com 44% têm opinião semelhante.
Embora a percepção sobre o número de fraudes na América Latina seja grande, a pesquisa - realizada em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU) - revela que, na região, os valores das perdas sofridas são menores.
A informação é da Kroll, empresa líder mundial em consultoria em gerenciamento de riscos, subsidiária da Marsh & McLennan Companies, de serviços profissionais.
Pesquisa da Kroll mostra que, na América Latina, 45% de 900 executivos sênior entrevistados crêem que o nível de fraudes corporativas é maior hoje, em comparação há três anos; no Oriente Médio e África, com 44% têm opinião semelhante.
Embora a percepção sobre o número de fraudes na América Latina seja grande, a pesquisa - realizada em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU) - revela que, na região, os valores das perdas sofridas são menores.
Mais de um terço das respostas (36%) indicou que as fraudes geraram custo anual de menos de US$ 100 mil; 20% entre US$ 100 mil e US$ 1 milhão; 7% entre US$ 1 milhão e US$ 25 milhões; e 2% entre US$ 25 milhões e US$ 50 milhões.
Na Europa Ocidental e no Leste Europeu, o impacto das fraudes supera US$ 100 milhões para 3% dos pesquisados e na América do Norte, 2%.
"Nos países desenvolvidos, muitas vezes as fraudes são contábeis, realizadas para ludibriar investidores e com impacto grande. No Leste Europeu e na África, há o crime organizado, as máfias", diz Eduardo Gomide (foto), diretor-executivo da Kroll no Brasil.
A mais freqüente causa do aumento da exposição à fraude é a alta rotatividade dos funcionários, com 32%. Esse problema é maior na região Ásia/Pacífico (40%) e menor na América do Norte (25%).
Gomide ressalta que, além de desvio de ativos físicos e de questões contábeis, a pesquisa enfocou a propriedade intelectual, para detectar casos de pirataria ou de roubo de informações estratégicas.
Essa é a principal preocupação dos entrevistados - cerca de 20% deles se consideram altamente vulneráveis a roubo, perda ou ataques de informações; 31% crêem que o aumento da complexidade dos sistemas de tecnologia está ampliando sua exposição à fraude.
A tecnologia é a segunda maior causa: as empresas estão cada vez mais dependentes da informática e com estrutura profissional cada vez mais enxuta e isto, segundo Gomide, leva as pessoas a ter mais obrigações; o mesmo funcionário pode ser responsável por receber as notas dos fornecedores e realizar o pagamento, o que contribui para facilitar a fraude.
"Nas empresas, as descobertas de fraudes muitas vezes se devem a colega de trabalho, que identifica algo estranho. A única indústria que tem sistemas bem desenvolvidos para detectar as fraudes é a financeira", diz Vander Giordano, da Kroll América Latina.
Embora seja o mais bem preparado para detectar fraudes - tanto tecnologicamente, como em controles internos -, o sistema financeiro é também o que mais sofre perdas.
O prejuízo dos últimos três anos por instituição é mais do que o dobro da média das empresas analisadas. Sofrem perdas acima da média as indústrias de saúde, farmacêutica e de biotecnologia (75% acima da média); de recursos naturais (que inclui mineração e energia, por exemplo) e manufatura.
Na indústria de recursos naturais, além da previsível fraude de desvio de ativos físicos, a Kroll observou que um quinto dos executivos considerou suas empresas altamente vulneráveis à corrupção, quase o dobro da média.
Uma das causas pode ser o fato de que essa indústria tem exploração em países comumente listados entre os mais corruptos do mundo.
A pesquisa revela que 39% dos pesquisados no Oriente Médio e na África sofreram ameaça de corrupção e suborno nos últimos três anos.
Na América Latina, esse índice é de 29% e na América do Norte, 9%.
Clique AQUI e leia o texto Racionalização: entendendo a mente do fraudador, do consultor Leonardo Wassermann, da Kroll MiamiA pesquisa revela que 39% dos pesquisados no Oriente Médio e na África sofreram ameaça de corrupção e suborno nos últimos três anos.
Na América Latina, esse índice é de 29% e na América do Norte, 9%.
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