Presidenta argentina defendeu Dilma e Lula em pronunciamento na TV

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rede nacional de rádio e TV em seu país nesta quinta-feira (20/8). “O que está acontecendo em outros países da região, como o Brasil, é o que ocorreu na Argentina”, disse, referindo-se aos protestos contra seu governo em 2011. “Olhem o que estão fazendo com a Dilma”, afirmou. Ela sugeriu que os panelaços, alguns setores da imprensa e da justiça fariam parte de uma conspiração contra a colega brasileira. Cristina lembrou manifestações na Copa das Confederações, em 2013, e na Copa, no ano passado para afirmar que os atos contra a colega não eram claros.
Cristina disse que a morte do então presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), ocorrida num acidente de avião em Santos (SP), em agosto de 2014, possa ter sido fruto dessa mesma conspiração contra a presidente brasileira. “Ele não tinha se manifestado sobre (quem apoiaria) no segundo turno das eleições. E Marina Silva ocupou seu lugar e depois apoiou o outro candidato (Aécio Neves)”, afirmou. Cristina afirmou ter achado “tudo muito estranho, porque de repente os brasileiros, que gostavam de futebol, passaram a criticar (o futebol)”. "E, depois de Dilma, agora estão contra Lula.” Segundo Cristina, Lula é vítima de conspiração que está ocorrendo no continente.Cristina ressaltou que essa conspiração pode ter partido "do Norte” (Estados Unidos). Após o pronunciamento, ela voltou a citar o Brasil em discursos para militantes concentrados no pátio interno da Casa Rosada, sede do governo.
Com microfone em punho, e interrompida por aplausos, disse que "grande parte do que construímos devemos a eles, (Néstor) Kirchner, Hugo (Chávez) e Lula”. E reiterou o que já tinha declarado em cadeia nacional: “E por isso agora estão avançando contra Lula. Estejamos todos atentos”.
Cristina afirmou que a região registrou avanços nos últimos anos e que opositores querem “frustrar os processos de desenvolvimento social que alguns chamam de populista”.
Cristina relatou um diálogo que teve com Dilma sobre a juventude de ambas.
A presidente argentina, que passará a faixa presidencial em 10 de dezembro, disse que o resultado das urnas será respeitado”, e ouviu o público cantar “Cristina no sé vá” (“Cristina, não vá”) e “somos os soldados de Cristina”.

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