Brasil vai ajudar Palestina em acordo com o Mercosul


 O presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, vai reunir-se entre 12 e 14 de junho em Ramallah, na Cisjordânia, com autoridades e empresários da Autoridade Nacional Palestina, para discutir quais produtos palestinos podem ser incluídos no acordo de livre comércio com o Mercosul.
Michel Alaby terá reuniões com funcionários dos ministérios das Finanças e das Relações Exteriores e representantes da União das Câmaras de Comércio e Indústria da Palestina.
Segundo ele, "vamos auxiliá-los na elaboração da lista de produtos [que serão] negociados no acordo comercial Mercosul-Palestina. Também vamos discutir a realização de um seminário de investimentos na Palestina".
O seminário empresarial será realizado no Brasil em 2013 para apresentar oportunidades de negócios na região.
Para o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Al-Zeben a participação da Câmara Árabe é "imprescindível para efetivar o acordo".
"Já há um balanço do nosso comércio com o Brasil, mas é uma iniciativa individual. Por meio da negociação com a Câmara Árabe, nós queremos abrir mais oportunidades de troca comercial com o Brasil como parte do Mercosul" explicou.
Atualmente, as exportações palestinas seguem para Israel e, de lá, partem para o país comprador. A partir do tratado de livre comércio com o Mercosul, os produtos serão identificados com a procedência original.
Este acordo ainda precisa ser ratificado pelos congressos dos quatro integrantes do bloco: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Mercosul. tem acordo de livre comércio com Israel e Egito desde 2010. A Palestina tem um tratado semelhante com a União Europeia.
A Câmara de Comércio Árabe Brasileira informou que entre os principais produtos palestinos estão granito amarelo, azeites e artesanato religioso.
De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre janeiro e abril deste ano, o Brasil exportou US$ 3,7 milhões em produtos para a Palestina, especialmente carne bovina.
No mesmo período de 2011, as exportações somaram US$ 499,9 mil. Entre janeiro e abril deste ano, o Brasil importou US$ 15,3 mil, em pedras calcárias, dos palestinos.

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