Obama enfrenta primeira grande manifestação popular contra ocupações do Iraque e Afeganistão e da Palestina

Movimento acusa governo dos EUA de manter orientação das indústrias petrolíferas e armamentistas do país em relação ao Oriente Médio

Neste 21 de março, o Barack Obama enfrentará, como presidente dos EUA, a primeira manifestação popular contra as guerras no Oriente, que deverá reunir, em Washington, dezenas de milhares de norte-americanos vindos de quase todos os Estados, sob coordenação da ONG Answer Coalition (Act now to stop war and end racism).

Segundo o movimento, Obama confirmou que concorda em continuar a criminosa ocupação do Iraque indefinidamente, quando anunciou que haverá força de ocupação de 50 mil soldados norte-americanos durante pelo menos mais três anos, na região.
"O presidente utilizou palavras cuidadosamente escolhidas a fim de evitar compromisso firme de remover os 50 mil soldados de ocupação mesmo após 2011", afirma a ONG, acrescentando que Obama fez a invasão de Bush soar como ato de libertação.
"Mais de um milhão de iraquianos morreram e cruel guerra civil foi posta em andamento por causa da invasão estrangeira e Obama não criticou a invasão nem uma única vez", diz a ONG, que ataca duramente o presidente por ter pedido aumento no orçamento militar e por ter defendido a duplicação do número de tropas norte-americanas em combate no Afeganistão.
Segundo a Answer, com base no novo orçamento, o Pentágono classifica-se como a 17ª maior economia do mundo – se fosse país – e despesa militar total em 2010 ronda a US$ 21 mil por segundo.

A Answer diz que Obama desaponta os que esperavam o fim da ocupação ilegal do Iraque, violentado na sua soberania e independência, e que a ocupação continuada do país por mais dois, três ou mais anos torna totalmente ridícula a ideia de que o povo iraquiano controla o seu próprio destino.
"Não é de admirar que John McCain, candidato republicano à presidência dos EUA derrotado por Obama, apoie o plano sobre o Iraque. McCain foi defensor da guerra iniciada pelo ex-presidente Bush e seu vice Cheney", acrescenta a Answer.
Segundo a organização, os republicanos não queriam manter indefinidamente 150 mil soldados norte-americanos no Iraque, queriam sim subjugar o povo iraquiano, dominar o petróleo e exercer controle com tropa menor, mas a resistência armada iraquiana prolongou a permanência das tropas na região.
Para a ONG, Obama decidiu não desafiar a orientação estratégica fundamental das indústrias petrolíferas e armamentistas dos EUA.
"Isto explica porque ele manteve a equipe Bush – secretário da Defesa Robert Gates, e generais Petraeus e Odiemo – na supervisão da ocupação do Iraque, na administrarão da guerra no Afeganistão e na manutenção dos assaltos aéreos sobre o Paquistão. O povo norte-americano está farto e quer empregos, salários decentes, saúde e habitação para todos. Os estudantes querem estudar ao invés de serem expelidos das escolas pelos aumentos dos custos do ensino. Queremos a completa retirada de todas as tropas do Iraque e o fim da guerra no Afeganistão. O povo opõe-se cada vez mais ao envio de US$ 2,6 bilhões a cada ano para Israel e quer acabar com a ocupação colonial da Palestina".
Clique http://www.pentagonmarch.org para mais informação.

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